Na 1ª pessoa
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domingo, 6 de dezembro de 2009
Momento inacabado de incapacidade
Tive dias a decidir nesta minha sentença, se a fazia ou não, e inadequadamente não se o porquê, decidi escrever tendo nexo ou não. Uma confissão sem saber o que sou ou se sou alguém neste momento inacabado. Não sei qual o resultado ou estupidez que me possa causar, só sei que não tinha o direito de o fazer e como antes chamado, é um simples acto de cobardia directa da minha parte. São muitas as noites de melancolia nesta varanda, em que nada se passa ou passa na minha cabeça, apenas existe um manto totalmente branco, parece o nevoeiro de Silent Hill,... Tudo completamente abandonado, negro e sombrio, oiço assustadoramente no silencio, portões a bater, serras a trabalhar na minha cabeça, por vezes até parece que sinto talhantes a cortar carne como se tivessem num talho, e eu fosse a carne presa num gancho que está à espera de ser talhada dentro daquela câmara frigorifica que tanto me prende o corpo e me congela o pensamento. É mais um momento em que me sinto uma coluna de um prédio como uma bomba à cintura pronta a explodir em qualquer instante, uma bomba que me aperta contra a parede, que me mantém sentado neste chão frio, quase congelado da minha varanda. Horas sentado a olhar e reflectindo sobre o nada, a noite toma conta de mim, espalha-me no corpo, a inactividade e a incapacidade de pensar e reagir, apenas me mostra um sonho bastante real ... Um momento inacabado...
"A pergunta.
Às vezes tens a sensação que és uma ave? Daquelas que têm penas e planam, voam e sentem liberdade, sentem o céu e viajam? Que podem fazer tudo o que Tu não podes fazer. Isto tem nexo?
Às vezes, tens a sensação que andas até ao corrimão do pontão naquela praia que tanto sonhas, daquela areia branca que tanto queres pisar, daquela água transparente que tanto te queres banhar. Que sorriso tão belo... Tens aquele momento de longevidade, o mesmo pontão, que apanhas ou agarras, ou talvez não que ... Quando te ergues e olhas para o horizonte, reflectindo sobre o vazio que observas à tua frente, dobras os dedos para dentro e quando sentes, já não há corrimão, não há nada para agarrar... Merda! O que vês à tua frente, é simplesmente o mar, os teus pés e nenhum chão para pisar, estás a cair!"
Acorda, pah! A temperatura gélida da parede, acorda-me de mais um momento inacabado de puro pesadelo não dando descanso ao tanto grande cansaço mental que possuo. Tortura-me sempre que o sono se lembra de se ausentar de mim, magoa-me a forma como o sono leva o meu descanso, estoira-me a cabeça em cascata de lágrimas quando o pensamento me incapacita de raciocinar, é como se me tivesse roubado a vida, não me sinto a pessoa que um dia quis ser, sinto-me vazio, escondo-me à frente de toda a gente, tenho na minha cara, a máscara que jamais quis ter! Sinto-me incapaz de me entregar às pessoas próximas de mim, a noção de ser sensível até causa-me arrepios e vontade de vomitar, tenho medo de as magoar. Já magoei tantas, é nisto que me tornei, um monstro selvagem que me mata quando fecha os olhos.
Escrito por: Ricardo Lourenço
Lisboa, 13 de Dezembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
AVERBAÇÃO FECHADA!
"Voz"- Sabes Ricardo? Costumo chamar, convivência desmedida entre casos mortos, conheces-te? Sabes o que fazes quando falas? Consegues dizer o que queres quando queres? Consegues ser tu mesmo? Consegues mostrar-te sentimental e dizer as melhores palavras naquele momento crucial? Acorda para a vida Ricardo!
A voz fala-me ao ouvido, acaricia-me suavemente a cara e beija a minha paragem cerebral em todos os meus momentos de convivência, de socialização e pura cumplicidade sentimental traduzindo-os num só! Inércia ou lá o que queiram chamar.
São 09:13 do dia, 31 de Outubro de 2009, por vezes considero-me morto na minha plena imaginação, um simples retrato de mau trato pessoal com olhos abertos mas metaforicamente fechados por dentro. Sinto muitas vezes uma averbação fechada que me coze a boca, assemelha-se a cordas que limitam atitudes, que limitam as minhas atitudes envolvendo-me em inércia perante qualquer acontecimento! Paro no tempo sem qualquer desenvolvimento mental para uma palavra de carinho.
"Voz" - Ricardo, é como veres uma pessoa que sofre a tua frente, olhas, observas mas nada pensas e nada fazes perante o coitadinho. Sentes-te impotente, sufocas, choras por dentro, por vezes metes nojo aos teus próprios olhos, porque deverias ter dito aquilo e não fizeste, até gostavas que os teus olhos falassem e dissessem o que sentem, mas ainda não há olhos com boca na ciência para que pudessem falar. Grande Ironia.
A voz costuma chamar de insensibilidade involuntária perante o acto e mais um grito silencioso!
Não há qualquer razão e não tem qualquer parecença com estupidez, acho-me apenas um caso de desassossego mental em todos os actos de pura insensibilidade que impossibilitam as minhas palavras, quando elas mais deviam funcionar!
"Eu"- Sabes voz, a palavra "porquê", é a que mais existe na minha cabeça, um reles conjunto de palavras onde não consigo ter resposta para a minha incapacidade de expressão, e onde por vezes pára a minha cabeça no tempo... E no fundo? Somente silêncio perante montes de pessoas que se sorriem, riem à minha frente sem de nada se aperceberem e tudo isto me atrofia o meu sistema psicológico. Sabes voz, não gosto de sentir a minha garganta apertada impedindo o som das minhas palavras de surgir ou de sentir uma parede de tijolo que me foi construída na laringe ou na traqueia da minha boca. Não gosto de utilizar uma cobardia directa e ter fugir às questões quando não tenho qualquer capacidade para me exprimir, só porque sinto sangue na minha boca, não gosto de sentir as laminas afiadas do pensamento a invadirem-me a cabeça e fazer-me gritar quando nada sai e apenas explode salina ensaguentada! Sabes voz, não gosto das correntes que me pões na boca, ou da espécie de "trela" que me ergues na língua quando me fazes ajoelhar! Não gosto da tua "convivência desmedida entre casos mortos", vai para a merda e sai da minha cabeça! Deixa-me em paz!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
13 de Outubro de 1984
feliz aniversario Ricardo Lourenço. Feliz aniversário Mãe.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
onde está a averbação?
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
EROTICAMENTE
As paredes por vezes falam-me do teu toque dentro da minha cabeça. Por vezes imagino-te dentro de um quarto, uma simples divisão....Por vezes sinto o teu cheiro à minha volta, invades-me o corpo, inquietas-me como se me tocasses com a mão! Parece que sinto o teu suor a tocar na minha pele quando penso em ti... Nesse ponto, elevo a minha imaginação às paredes de um quarto vermelho salpicado de velas que dão o amarelo como iluminação. Imagino a existência de uma cama onde permanece um corpo deitado e desnudado, não há qualquer tipo de encobrimento de roupa ou artigo vestiário. Espreito por detrás da porta semi-aberta, toda a tua estrutura corporal em todo o seu esplendor, a tua pele sedosa brilha com o iluminar das chamas, a forma como deslizas as mãos pelo corpo perturba-me a cabeça. Todo o meu tempo pára e as lágrimas correm, sinto-te à minha volta ao mesmo tempo que as tuas mãos percorrem o teu pescoço, deslizam pelos teus ombros e mergulham no teu peito, ardes de calor e o teu desejo está exposto no teu suor que te escorre pela pele ... odeio esta possibilidade de longevidade…
Parece que fazes de propósito para me provocar, consegues arrepiar-me o corpo com a tua maneira de te mexeres, pela forma como movimentas as tuas mãos e as unhas arranham as tuas coxas afunilando no meio das tuas pernas! O quarto, o respeito que me é imposto pela parede fria que me arrefece as costas, ele sim, faz-te ter sensações que te aceleram a respiração, dá-te actos de luxuria sexual que te pára a mente, vejo-te cheia de desejo quando és possuída pelo acariciar do sexo, pela forma como a tua língua humedece os teus lábios secos ao mesmo que elevas os teus seios deixando descair o teu cabelo preto! Aparecem mil e uma imagens da Afrodite quando a tua respiração te sufoca de prazer, contorcendo-te toda! Teimas em agarrar o lençol também vermelho, para te libertar na tua fantasia e eu só me consigo imaginar de joelhos com as mãos na cabeça completamente perturbado. Os teus gemidos penetram-me na cabeça quando atinges o culminar do prazer misturado com movimentos corporais e doentios até ao explodir da plenitude!! No fim, estás sentada na cama com um sorriso como se fosse o ultimo, recordas o momento e nem dás pela minha presença que me tortura, mas uma vez, odeio esta possibilidade de longevidade…
“Não preciso me drogar para ser um génio; Não preciso ser um génio para ser humano; Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.” Charlie Chaplin
Lisboa, 09 de Setembro de 2009
Escrito por: Ricardo Lourenço
terça-feira, 14 de julho de 2009
Monstruosidade
-Hey, Tu! Queres ouvir? Estas a chorar? Deixa de ser choramingas! Neste escuro, pessoas fazem todos os dias, precisamente como estás agora, ajoelhada enquanto vomitas a tua desgraça e choras o teu arrependimento. Pára de chorar, já te disse! Não te sintas uma merda só porque te mostro o mundo em que vives! Estou farto de gritar contigo! Cresce e aparece espécie de pessoa! Tira essa roupa, já pareces nua mesmo!
Então eu mostrei...
-Estamos numa sociedade onde não existem normas de utilização, Um monte de egoísmo, sociedade cimentada pela desorganização, População, que não tem qualquer sentido de orientação, Falam de desigualdade? Aquela nova concepção que acreditaste que podia existir? Completa ilusão! Com tanto para fazer, tanta merda para mostrar, vão-se passando os anos, mas só te mandam calar! É sempre o mesmo sistema, cada um à sua maneira, mas é sempre a mesma pena! É sempre o mesmo dilema!
Tens paredes mas não tens o teu tecto, o teu próprio intelecto. Aquela casa que sempre sonhaste, não há, não vai haver. Estás perante uma medíocre humanidade, uma podre realidade, que te rasteira e te tira a tua liberdade para caíres, mas que te levantas insistentemente de qualquer maneira. A sociedade é como um corredor de morte quando passas a passadeira!
- Não! Pára!
-Plena tarde? Olhas de um lado ao outro da rua, vês aquele mendigo que um dia foi professor, a pedir a moeda mais pequena para uma carcaça, vês como a realidade é dura, podes falar alto, gritar até, mas toda a gente te censura….
-É a isto que chamas sociedade? Eu chamo desorganização humana e pura.
-Desculpa!
-Aquela chavala, antes menina que deixou a violência sexual levar-lhe a beleza pura. Pára de chorar já te disse! Pára de tossir!
Momento cruel, foi então que eu parei de gritar e vi, ela chora enquanto vomita, os € estão no chão... Consegue-se ver através das lágrimas o reluzir das notas. Ultrapassei-me na imaginação só para te mostrar o mundo em que nasceste. Desculpa-me.Acordei e quando reparei estavam a chamar por mim, "wrap up!". Desculpem a crueldade.
Lisboa, 14 de Julho de 2009
Escrito por: Ricardo Lourenço
sábado, 9 de maio de 2009
Um grito de dentro - 1ª Parte - Horas duma prisão de lembranças
Sinto-me preso, sinto-me pesado... São 23:44 da noite, e apenas sinto aço e chumbo naquele que há anos passaram a designar como meu corpo. Um corpo que está sentado num lençol branco, um corpo imundo, farto de tudo e de todos, e em todos quer dizer momentos, um simples pano branco que nem sempre chega para limpar lágrimas de lembranças. Elas não me deixam viver, comem, consomem e me descarnam. A carne dos músculos por vezes prende-se de tanta incapacidade de movimentação, a carne por vezes enrijece os meus braços, endurece-os, deixando-os estendidos como pedra, absorvidos pela terra, ironicamente tudo é como era...
Passou um minuto, são 23:45, uma prisão de lembranças me mantém preso à mesma cama, por cima do mesmo lençol...Na mesma posição de inércia corporal! Todos estes momentos são demasiadamente compridos e os minutos parecem como correntes semelhantes a séculos! 23:46, um minuto passado... Horas que fazem os meus braços parecerem repetidamente pedra, horas que me aprisionam ao pensamento. O tipo de pensamento que faz escrever o "Odeio-te", que me faz ter "um grito de dentro". São horas que me tiram as forças quando me atacam com as lembranças, são como uma prisão que fazem crescer grades à minha volta, à volta do meu cérebro e à volta da mesma cama, onde está o mesmo lençol que já não é branco. Agora também vermelho.-Sangue? Presentemente, uma pergunta sem resposta, presentemente uma memória do passado aperta-me o pulso como uma algema e prende-me à maldita grade! Sinto o meu cérebro fervilhar de tanto gritar! As correntes não permitem as minhas mãos na cabeça quando ela estala; por mais que queira acordar, não dá, não consigo sentir o som da liberdade da minha alma! Só sinto a palidez do meu corpo, sinto o fugir da minha calma, sinto um grito no meu pulso ensanguentado que me desarma! Tanto em apenas 3 minutos metaforicamente preso. 23:49...
Ainda tento arranjar uma razão lógica para me sentir tão preso, sinto o corpo a contorcer -se na mais selvagem das imagens imaginadas, por mais que lute realmente não entendo. Sinto a minha pele a despegar numa temperatura de 100ºC como se tivesse colada, sinto-me impotente, só porque um poster memorial se tentou intrometer na minha tentativa de ser alguém, na tentativa de fugir do escuro que me engole e das correntes que me prendem a mente provocando um fundo golpe! Em apenas mais um minuto, sinto uma explosão de ideias completamente fantasmagóricas e num ápice os gritos chamam silenciosamente por socorro. Ninguém ouve e permaneço deitado em 120 segundos de abismo, as lágrimas misturam-se com o suor e juntas correm em pleno corpo que grita quando se contorce para a frente… A fraca tentativa de libertação apenas permite sonhar com o que não tenho e também o que gostaria de ser. Acordei! 7 Minutos de pesadelo secaram-me a garganta, apertaram-me o pescoço, cortaram-me a língua, impediram-me de te falar e a cobardia prendeu-me. São 23:52, tenho que ir para casa. Tu foste, mais uma oportunidade deitada fora, a cama afinal era um banco de rua, nunca pensei que fosse veridico... Amanha tenho que ir trabalhar.( continua)
Escrito por: Ricardo Jorge santos Lourenço
Lisboa, 14 de Junho de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
À beira do Desespero
À beira do desespero, muita coisa já aconteceu,
Muita coisa querida já desapareceu,
Muitas coisas acontecem, muitas ideias se confundem e fazem com que outras se dispersem,
Sentimos o confronto, tudo é errado, queremos o que é idealizado, naquele horário,
E à beira do desespero acontece o contrário!
Nestes momentos a raiva aumenta, a concentração diminui, a loucura nem se fala e a calma raramente se sustenta,
A pessoa vai a baixo?
Não! Os acontecimentos que sucedem é que nos põem em baixo,
Fora do contexto, reforça-se a ideia de que para comer, muitos têm que rapar o tacho,
À beira do desespero, os sonhos desaparecem porque a realidade torna-se azeda,
As ideias confundem-se, o horrível impõe-se e o sonho daquele dia perfeito sai de cena...
...
O pesadelo começou e colocou o rapaz à beira do desespero,
E a história grande começou em tudo aquilo que eu escrevo,
E de tudo aquilo que escreverei, da verdade eu serei servo,
À beira do desespero ficou aquela pessoa que quis ter a sua própria realidade,
Sonhou com tudo o que na realidade não tinha e afinal soube quando acordou, que afinal não era verdade,
Não vou continuar. Não tem final, é como qualquer uma…
À beira do desespero fica aquela pessoa que tem medo,
De querer arriscar em algo, chegar a alma afligida e dizer eu te aqueço,
Falar o que realmente interessa, o que vai no coração, não consegue, não mostra enredo,
A pessoa sente-se frustrada e débil mentalmente, ou mentalmente débil?
É nisto que se torna uma pessoa que não vive bem consigo, tipo pessoa estéril,
Fica fracassada, completamente frustrada. Só se sente bem quando a lamina penetra na epiderme da pele cortada.
Quando se está à beira do desespero nada ajuda,
Torna-se tudo muito escuro e a ambição fica oculta,
Desavergonhada, a voz na situação presente, nua…
O desespero é implementado e a alegria é dada como fugitiva,
Tudo insinua para o desaparecimento da ambição em manter qualquer sonho vivo,
Tudo fica escuro quando furiosamente fechamos o livro, frustrada vive em 2 mundos,
Duas imagens de quem se sente nauseabundo, ou imperial dormindo, Acordado completamente mudo.
Sente um choque da real, o resto não interessa.
“Sempre pensaste que tudo um dia mudaria.”
Mas logo se percebe que aqueles dias felizes eram fantasia,
À beira do desespero ficam quem diria, muitas crianças prematuras quando violadas,
Talvez espancadas, e nem sequer sonham que o mundo existia,
Mas voltando ao presente, o desespero é diferente,
Muito raramente fala o que sente, como é fechado sentimentalmente, por vezes para fugir da realidade ele mente,
E depois chora por dentro o que não mostra por fora,
A mente fala…
À beira do desespero ficam aqueles apáticos,
Que no meio de tudo ficam estáticos,
Que quando acordam temporariamente, tentam no mínimo ser simpáticos,
Tentam, mas não conseguem, não tem moral para isso,
A sensação que os come por dentro fá-los sentir diminuídos, tira-lhes capacidade para assumir qualquer compromisso,
São muito poucas opções e tudo se torna impossível,
O ser fica fechado, torna-se insensível, raramente consegue falar o que realmente pensa,
É errado! Tudo o que acontece não faz sentido, parece doença!
No final, a sensação de alivio é rara,
Às vezes penso que nas linhas não se cuspiu qualquer palavra,
A sensação também é de raiva porque há ainda tanto por escrever…
Já me sinto incapacitado por que há ainda muito para acontecer…
Como uma ferida que nunca sara.
Sorte a sua, ele não está desesperado, está só no inicio… Só à beira do desespero….
Escrito por: Ricardo Jorge Santos Lourenço
isboa, 03 de Maio de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
O momento inacabado...
A pergunta:
As vezes tens a sensação que és uma ave?
Daquelas que têm penas e planam, voam e sentem liberdade, sentem o céu e viajam? Que podem fazer tudo o que não podes fazer. Isto tem nexo?
Às vezes tens a sensação que andas até ao pontão daquela praia que tanto sonhas, daquela areia branca que tanto queres pisar e daquela água transparente que tanto te queres banhar. Tens aquele momento, o mesmo pontão que apanhas ou agarras, ou talvez não que ... quando olhas para o horizonte, reflectindo sobre o vazio que observas à tua frente, o nada que te penetra a mente, dobras o dedos para dentro e quando sentes, já não há corrimão, não há nada para agarrar…Merda! O que vês à tua frente é simplesmente o mar, os teus pés e nenhum chão para onde os por. Foi um sonho.
Escrito Por: Ricardo Lourenço 30-04-2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Um grito de dentro ( a ilustração)
Um grito de dentro ( a ilustração)
Desenhos feitos por:
Domingo Salgado
http://reyel-avoidthevoid.blogspot.com/
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Um grito de dentro 2ª parte
São 4:49 da madrugada, o corpo dá um laço em si mesmo, contorce-se, cai no chão e enrola-se. Chora!!
Sinto o desplante dos braços a agarrar-me na cabeça, a tapar-me as orelhas e a puxar-me os olhos para trás... Faço isto completamente contrariado ao que quero.
Cada lágrima que me escorre pela face, termina num lábio mordido pelos dentes, quando neles se espalha a água da lágrima que me sustenta o silêncio!! A dor... Agachado num canto, sinto um corpo trémulo, por vezes mórbido, por vezes morto, por vezes vivo, por vezes um corpo que grita!! O meu corpo grita. OUVIRAM?? O meu Corpo grita!! Ferve como lava, como vulcão que arrebenta explodindo em todo o seu esplendor. O gelo que tento por na minha pele para arrefece-la, derrete antes que toque nela, porque o grito silêncio aumenta a temperatura que me queima a mente, que me queima o pensamento, que me queima alma, que me queima. Perceberam alguma coisa??
Noites inteiras em claro, que me fazem desaparecer o sono por completo, faço de mim a cobaia de uma terrível experiência que consta na palavra, que não me permite pensar mais alem... Tenho em mim a prisão que me aprisiona o pensamento, tenho no meu corpo, um grito que quero dar à anos, tenho em mim, a terrível e temível sensação de não me satisfazer quando escrevo o que penso mas não penso no que escrevo. A minha mente é percorrida por imagens que me provocam ausência de gosto de satisfação. Essa ausência percorre-me as veias que me fazem aquecer a minha carne e tingi-la de sofrimento... essa ausência provoca-me medo, provoca-me raiva, e conformismo porque é só um momento.
Sinto os nervos a ficarem sexualmente eléctricos, sinto a magoa de não ter o que quero a apoderar-se das minhas veias e fazê-las saltar!!
domingo, 22 de março de 2009
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
segunda-feira, 9 de março de 2009
O SEM NEXO DA INVEJA
compreende pela expectativa que certas coisas são boas, aprovadas,
outras apreciadas, outras reprovadas, pelo contrário são más, feias e ordinárias
cresce, superou e produz na vida adulta, sentimentos de culpa
a que muitos o perdão não resulta,
a inveja funciona assim, e é difícil de compreender,
alguém que, embora sendo à partida como nós, se tornou naquilo que teríamos querido
ser,
pode obter, aquilo que teríamos querido obter!
invejamos, ficamos com uma terrível ferida
o outro conseguiu algo que nunca conseguimos na nossa vida,
odiamos à partida … a pessoa que é adorada,
que subiu de carreira, fez boa figura e é admirada,
fala bem, emerge socialmente e é congratulada,
é invejada por aqueles que nunca conseguiram nada,
mas que desejam em primeiro, a pura riqueza sem qualquer notoriedade social,
que querem ser os melhores, mas nem têm uma eleição intelectual,
queremos ser recompensados por algo que sempre fizemos mal,
queremos ter o desejo de excelência,
falamos muito, mas a inveja é como uma espécie de consequência,
o nosso termo da impotência quando a ganância é uma má experiência.
...Em relação à inveja toda a sinceridade desaparece,
o outro conseguiu muito e a nossa raiva enaltece,
conseguiu com o seu próprio esforço mas não é isso que nós achamos que ele merece,
por mais que queiramos ser melhores a nossa verdade emagrece,
porque somos falsos como invejosos,
perdemos a honra por sermos gananciosos,
muitos perdem a dignidade por os ciúmes já estarem expostos,
queremos ser melhores, vencedores,
olhar os outros e vê-los como perdedores,
sentir o sabor da vitória e pensar que somos superiores,
queremos ter o poder de auto-estima,
ser invejado e saber que os outros o poder resigna,
ter o poder na mão e dizer que a nossa decisão é imperativa,
mas é doloroso quando olhamos o pódio,
o ódio! Depois chega o resultado,
o nosso esforço foi em vão, o outro venceu, é festejado!
sobe ao pódio onde recebe a medalha e é aclamado,
inveja! condições favoráveis para um ser derrotado,
o desespero é grande porque sente-se humilhado,
cai por terra, o ódio aumenta, nesse caso pensamos no plagiato,
é o trabalho da inveja, fazer imitações mas negar o facto,
acusar o outros de me ter agredido ou ter provocado,
alegando falsas declarações e dizer que se sente prejudicado,
tentando mudar a nossa péssima situação,
quando tentamos ser melhores que os outros e só damos lugar à humilhação,
achamos errado os outros estares em melhor direcção,
que nós,
e que não existe qualquer tipo de relação,
entre nós, para fazer uma pequena desvalorização,
das qualidades e das capacidades dos outros , por onde se possa tirar uma simples,
conclusão !!!
... A inveja é como um estimulo do negativismo,
que só por sermos inferiores desejamos aos outros o abismo,
queremos anular a diferença, tirar-lhes o mérito e fazer-lhes querer o seu paralogismo,
desvalorizamos a pessoa que odiamos,
mas afinal percebemos e verificamos,
a ordem moral nas diferenças que experimentamos,
e que conhecemos a pessoa no qual invejamos,
desprezamos a pessoa que é e foi sempre bem sucedida,
soube assumir os erros que fez e ganhou a sua própria autonomia,
no entanto os invejosos vêm ele como um negócio e realizam-no,
não aceitam ser passados à frente por isso hostilizam-no,
aumenta o falso progresso por isso limpam-no,
falsa competição! Enganos de aparências,
mentiras ditas â toa ficam verdade feitas pela experiências,
dos invejosos que fazem da má fé uma nova ciência…
“…olhai com olhos sem pensamentos reservados e dar-vos-ei conta de que admirais
alguém que não o merece. Que não é melhor do que vocês nem do que Eu…”
…mas a inveja é grande por isso muitos querem aquilo que é meu e teu
não se contentam com o que têm, querem que tudo que não seja seu
mandar os invejados abaixo satisfaz a nossa agressividade,
desvaloriza a pessoa que nos incomoda pondo em causa a nossa própria dignidade?
Feitos mal conseguidos dão alas a uma falsa verdade,
mas acabamos por cair na realidade,
quando a outra pessoa nos causa dor,
mas apreciamo-la e reconhecemo-lhe o seu valor,
tornamo-nos desanimados, … um observador,
criamos hipóteses e esperamos um dia ser vencedores,
ter raciocínios objectivos para nunca nos sentirmos inferiores,
sermos nós próprios, nunca invejosos,
neste mundo de gananciosos,
no Sem nexo da inveja…
Escrito por: Ricardo Jorge Santos Lourenço __/__/2004
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
A vida não é um sonho...
lembra-te a vida não é um sonho...
domingo, 18 de janeiro de 2009
Chico Xavier
Teus pensamentos e vontade são a chave das tuas atitudes.
Não reclames nem te faças de vitima, analisa e observa.
A mudança esta nas tuas mãos, reprograma a tua meta.
Busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguem possa voltar atras e fazer fazer um novo recomeço...
Qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim!
"Chico Xavier"
contributo de: Patricia Sousa