Na 1ª pessoa

Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...

Adsense

domingo, 22 de março de 2009

Fernando Pessoa





Sem a loucura que é o homem?
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
************************************
Acordo de noite subitamente.
E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora,
O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez...

Fernando Pessoa

segunda-feira, 9 de março de 2009

O SEM NEXO DA INVEJA


...Uma criança, desde os primeiros anos de vida, …ainda inofensiva,
compreende pela expectativa que certas coisas são boas, aprovadas,
outras apreciadas, outras reprovadas, pelo contrário são más, feias e ordinárias
cresce, superou e produz na vida adulta, sentimentos de culpa
a que muitos o perdão não resulta,
a inveja funciona assim, e é difícil de compreender,
alguém que, embora sendo à partida como nós, se tornou naquilo que teríamos querido
ser,
pode obter, aquilo que teríamos querido obter!
invejamos, ficamos com uma terrível ferida
o outro conseguiu algo que nunca conseguimos na nossa vida,
odiamos à partida … a pessoa que é adorada,
que subiu de carreira, fez boa figura e é admirada,
fala bem, emerge socialmente e é congratulada,
é invejada por aqueles que nunca conseguiram nada,
mas que desejam em primeiro, a pura riqueza sem qualquer notoriedade social,
que querem ser os melhores, mas nem têm uma eleição intelectual,
queremos ser recompensados por algo que sempre fizemos mal,
queremos ter o desejo de excelência,
falamos muito, mas a inveja é como uma espécie de consequência,
o nosso termo da impotência quando a ganância é uma má experiência.

...Em relação à inveja toda a sinceridade desaparece,
o outro conseguiu muito e a nossa raiva enaltece,
conseguiu com o seu próprio esforço mas não é isso que nós achamos que ele merece,
por mais que queiramos ser melhores a nossa verdade emagrece,
porque somos falsos como invejosos,
perdemos a honra por sermos gananciosos,
muitos perdem a dignidade por os ciúmes já estarem expostos,
queremos ser melhores, vencedores,
olhar os outros e vê-los como perdedores,
sentir o sabor da vitória e pensar que somos superiores,
queremos ter o poder de auto-estima,
ser invejado e saber que os outros o poder resigna,
ter o poder na mão e dizer que a nossa decisão é imperativa,
mas é doloroso quando olhamos o pódio,
o ódio! Depois chega o resultado,
o nosso esforço foi em vão, o outro venceu, é festejado!
sobe ao pódio onde recebe a medalha e é aclamado,
inveja! condições favoráveis para um ser derrotado,
o desespero é grande porque sente-se humilhado,
cai por terra, o ódio aumenta, nesse caso pensamos no plagiato,
é o trabalho da inveja, fazer imitações mas negar o facto,
acusar o outros de me ter agredido ou ter provocado,
alegando falsas declarações e dizer que se sente prejudicado,
tentando mudar a nossa péssima situação,
quando tentamos ser melhores que os outros e só damos lugar à humilhação,
achamos errado os outros estares em melhor direcção,
que nós,
e que não existe qualquer tipo de relação,
entre nós, para fazer uma pequena desvalorização,
das qualidades e das capacidades dos outros , por onde se possa tirar uma simples,
conclusão !!!

... A inveja é como um estimulo do negativismo,
que só por sermos inferiores desejamos aos outros o abismo,
queremos anular a diferença, tirar-lhes o mérito e fazer-lhes querer o seu paralogismo,
desvalorizamos a pessoa que odiamos,
mas afinal percebemos e verificamos,
a ordem moral nas diferenças que experimentamos,
e que conhecemos a pessoa no qual invejamos,
desprezamos a pessoa que é e foi sempre bem sucedida,
soube assumir os erros que fez e ganhou a sua própria autonomia,
no entanto os invejosos vêm ele como um negócio e realizam-no,
não aceitam ser passados à frente por isso hostilizam-no,
aumenta o falso progresso por isso limpam-no,
falsa competição! Enganos de aparências,
mentiras ditas â toa ficam verdade feitas pela experiências,
dos invejosos que fazem da má fé uma nova ciência…
“…olhai com olhos sem pensamentos reservados e dar-vos-ei conta de que admirais
alguém que não o merece. Que não é melhor do que vocês nem do que Eu…”
…mas a inveja é grande por isso muitos querem aquilo que é meu e teu
não se contentam com o que têm, querem que tudo que não seja seu
mandar os invejados abaixo satisfaz a nossa agressividade,
desvaloriza a pessoa que nos incomoda pondo em causa a nossa própria dignidade?
Feitos mal conseguidos dão alas a uma falsa verdade,
mas acabamos por cair na realidade,
quando a outra pessoa nos causa dor,
mas apreciamo-la e reconhecemo-lhe o seu valor,
tornamo-nos desanimados, … um observador,
criamos hipóteses e esperamos um dia ser vencedores,
ter raciocínios objectivos para nunca nos sentirmos inferiores,
sermos nós próprios, nunca invejosos,
neste mundo de gananciosos,
no Sem nexo da inveja…



Escrito por: Ricardo Jorge Santos Lourenço __/__/2004

Frases....

"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca

Antonio J. Lourenço Construções