Na 1ª pessoa

Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

FLASH!


São 3:46 da madrugada, e como sempre, não paro de pensar nisso todos os dias, não paro pensar o porquê de isto me consumir todos os dias! Um autêntico desequilíbrio mental colocado numa matéria que se chama cérebro, que se chama massa, e que está implementado num corpo maltratado a bom uso da autodestruição. O despertador toca às 6:30 da manhã, mas antes o acordar é como um autêntico pesadelo na minha mente, não me conheço, pergunto-me se este corpo é o meu, muitas vezes não sei e desconheço totalmente a existência deste conhecimento. Suores frios e nocturnos que despertam um corpo pálido que transpira um peso em chumbo, os mesmos suores que fazem a mente abrir os olhos em pânico, mantendo-os arregalados e que faz levantar o corpo fazendo-o mover-se sem qualquer capacidade de resposta mental! Um corpo aflito e endurecido, que se desloca lentamente no chão frio sem o sentir, e que inertemente abre a porta da casa de banho, no meio disto não há um único grito... Abre-se uma porta e não há luz, não acende e não precisa, ele também não vê nada! Cada vez que me olho ao espelho, não sei se me vejo, nem sei quem é que está do outro lado do mesmo espelho, já que quando olho, existe alguém que teima em rir-se para mim, ou, rir-se de mim, parece que goza comigo!

-Gostava de te conseguir perguntar, porque és igual a mim?

Apenas são 3:47, e acho que sinto o gelado do lavatório nas palmas pálidas das minhas mãos, parecem como pedra, completamente imóveis, tal o acto de inactividade. Vejo um reflexo, não lhe consigo ver a cara, só um reflexo negro afinal e a minha existência torna-se totalmente irreal. Faz-me bastante impressão este tipo de atitude, de quase paralisia cerebral, braços estendidos e hirtos no lavatório que só me causam dor como ossos a estalar, parece que me sinto pregos espetados e penetrados nas costas das mãos mantendo-as apartadas à cerâmica! Sinto o sangue a nascer por baixo das unhas quando a minha raiva tenta estupidamente estalar o envidraçado! Sinto o eco dos ranger dos dentes como uma lixa, dentro da minha cabeça que não se move perante os gritos do reflexo no espelho, parece que solta perguntas e uma delas é a que eu faço todos os dias... Quem sou eu? Não sei responder, também ninguém compreende.

-Todos os dias a mesma coisa, são 3:48 e tudo o que consigo sentir, é o esticar fortemente da minha carne, dos meus músculos, do meu pescoço para a frente em confronto com o dito reflexo do espelho, que no mesmo segundo faz surgir na sua face um sorriso sarcástico de poder. Quase em conjunto com estes movimentos, o medo toma conta de mim tirando partido também de um relampejar de manipulações psicológicas! O mesmo reflexo permanece do outro lado do espelho, simplesmente quieto, de braços cruzados e sorrindo sarcasticamente para mim... Foda-se estou sozinho! Aquele certo jeito de poder que me olha e me arrebenta psicologicamente. Num ápice, parece que os seus braços trespassam o espelho e agarram a minha cabeça, inclinando-a e abanando-a em todas as direcções possíveis e impossíveis. Parece que sinto a pele a esticar com a tamanha velocidade de violência, mas não, são tudo perguntas, criticas gritos e vozes que falam e adjectivam a minha incapacidade de evolução! Tudo em movimentos repentinos.
-Olha para ti! Pára de sonhar com o gostavas de realizar e olha para o que és! Pareces uma enciclopédia de pensamentos e náuseas! AHAHAH! Chocalha essa cabeça. Vá lá, mistura esse cérebro, não te arrependas do que perdeste e nem do que fizeste ou do que não fizeste! Tu nem sabes quem és, muito menos te entendes como queres entender os outros ou o mundo? Aprende a lidar com as pessoas! Aprende a ser alguém.

O uso e o abuso da negatividade em mim, é um incentivo claro à clarividência do maltratado pessoal da personalidade que eu tanto tento compreender. Depois de tanto tempo com a cabeça num mundo negro, apenas me sinto a cair que nem pedra no chão. Passado o momento de flash, sobe-me pela garganta uma tosse sufocante que me acorda diante do espelho, onde se encontra estampado o meu reflexo cansado. Não há despertador nenhum, eu nem sequer acordei, o que se passou? Após a porta da casa de banho se abrir, Eu olho para trás e continuo deitado a dormir... Foi mais um pesadelo bem real e eu nem sequer me levantei da cama.

23:09 do dia 26 de Maio de 2010



Escrito Por: Ricardo Lourenço

Frases....

"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca

Antonio J. Lourenço Construções