Na 1ª pessoa

Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

BATE PALMAS VERBAIS





Bate Palmas verbais

Hoje é dia 23 de Março de 2015, miseravelmente voltei às palavras, de forma irracional deixei-me envolver novamente por elas e violentamente alucinado confrontei uma folha em branco… Algo me bate palmas no cérebro, algo ri na minha cara enche a minha cabeça num claro perceber de estado de alma que não se vê e incapacita os meus movimentos!
Um bater de palmas seco e irónico que marca repetidamente a merda do meu regresso ao poço do sem nexo, da incompreensão das coisas, aumento da loucura nefasta, nojenta e sucumbida à inercia. Letras, palavras e imagens que cortam o meu corpo e o fazem gritar constantemente, arrepia a forma como suga a pouca vida que resta nele nestes momentos. Que me esmifram o pensamento com emoções e sensações de concentração excessiva quase louca! Só me lembro que me esqueço de tudo o que há à minha volta, um desassossego total, um pensamento frenético, um transporte involuntário para o nada, para o outro lado da realidade, uma reles e breve sensação de um eco vazio de silêncio enquanto solta uma voz trémula e arrastada, numa gargalhada descontrolada de olhos pretos que me penetram no cérebro e quase me arrastam para o abismo verbal… Agora já não consigo mais e são 1:18 da madrugada, não me sai mais nada para a maldita folha, parece que fala comigo… Escreve sobre mim ou não consegues? Risca-me! 


                                                                     
São 24 de Março, o psicadélico bater de palmas da maldita folha transporta-me para o nada e faz-me sentir vazio como uma cidade vazia, eminentemente absorvido pela subnutrição, parado na cidade preta e branca como sentado numa mesa, nada anda, uma espécie de paragem de tempo que me arranca de mim, que me muda o estado de espírito abandonando-me ao bate palmas verbal. Ninguém me parou, escrevo desenfreadamente que só me apeteceu gritar… Eu tentei, juro que tentei, juro que quis, fiz tudo para ser mais fácil, que me motivei ao mesmo tempo que fiquei com raiva e me torturei, os meus olhos ficaram tão vermelhos de tanto que chorei, o meu cérebro estremeceu de tão exprimido mas aceitei e ganhei ao pensamento vazio da folha em branco.

Escrito por: Ricardo Lourenço                                   Lisboa, 15 de Abril de 2015



Frases....

"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca

Antonio J. Lourenço Construções