Na 1ª pessoa

Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...

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domingo, 6 de dezembro de 2009

AVERBAÇÃO FECHADA, ILUSTRAÇÃO


Desenhado por: Domingo Salgado

Momento inacabado de incapacidade



Tive dias a decidir nesta minha sentença, se a fazia ou não, e inadequadamente não se o porquê, decidi escrever tendo nexo ou não. Uma confissão sem saber o que sou ou se sou alguém neste momento inacabado. Não sei qual o resultado ou estupidez que me possa causar, só sei que não tinha o direito de o fazer e como antes chamado, é um simples acto de cobardia directa da minha parte. São muitas as noites de melancolia nesta varanda, em que nada se passa ou passa na minha cabeça, apenas existe um manto totalmente branco, parece o nevoeiro de Silent Hill,... Tudo completamente abandonado, negro e sombrio, oiço assustadoramente no silencio, portões a bater, serras a trabalhar na minha cabeça, por vezes até parece que sinto talhantes a cortar carne como se tivessem num talho, e eu fosse a carne presa num gancho que está à espera de ser talhada dentro daquela câmara frigorifica que tanto me prende o corpo e me congela o pensamento. É mais um momento em que me sinto uma coluna de um prédio como uma bomba à cintura pronta a explodir em qualquer instante, uma bomba que me aperta contra a parede, que me mantém sentado neste chão frio, quase congelado da minha varanda. Horas sentado a olhar e reflectindo sobre o nada, a noite toma conta de mim, espalha-me no corpo, a inactividade e a incapacidade de pensar e reagir, apenas me mostra um sonho bastante real ... Um momento inacabado...

"A pergunta.

Às vezes tens a sensação que és uma ave? Daquelas que têm penas e planam, voam e sentem liberdade, sentem o céu e viajam? Que podem fazer tudo o que Tu não podes fazer. Isto tem nexo?

Às vezes, tens a sensação que andas até ao corrimão do pontão naquela praia que tanto sonhas, daquela areia branca que tanto queres pisar, daquela água transparente que tanto te queres banhar. Que sorriso tão belo... Tens aquele momento de longevidade, o mesmo pontão, que apanhas ou agarras, ou talvez não que ... Quando te ergues e olhas para o horizonte, reflectindo sobre o vazio que observas à tua frente, dobras os dedos para dentro e quando sentes, já não há corrimão, não há nada para agarrar... Merda! O que vês à tua frente, é simplesmente o mar, os teus pés e nenhum chão para pisar, estás a cair!"

Acorda, pah! A temperatura gélida da parede, acorda-me de mais um momento inacabado de puro pesadelo não dando descanso ao tanto grande cansaço mental que possuo. Tortura-me sempre que o sono se lembra de se ausentar de mim, magoa-me a forma como o sono leva o meu descanso, estoira-me a cabeça em cascata de lágrimas quando o pensamento me incapacita de raciocinar, é como se me tivesse roubado a vida, não me sinto a pessoa que um dia quis ser, sinto-me vazio, escondo-me à frente de toda a gente, tenho na minha cara, a máscara que jamais quis ter! Sinto-me incapaz de me entregar às pessoas próximas de mim, a noção de ser sensível até causa-me arrepios e vontade de vomitar, tenho medo de as magoar. Já magoei tantas, é nisto que me tornei, um monstro selvagem que me mata quando fecha os olhos.



Escrito por: Ricardo Lourenço


Lisboa, 13 de Dezembro de 2009




Frases....

"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca

Antonio J. Lourenço Construções