Vejo-te no escuro da noite, tu deitada completamente nua no esplendor de uma plena noite de lua cheia e enquanto os lobos uivam num penhasco alto. A lua reflete luz num corpo quase prateado tal a cor branca do luar, um cabelo negro, que o prazer controla sobre o uivar dos lobos. Em plena noite de lua cheia e enquanto os lobos uivam, vejo-te deitada nua numa cama como se dorso do animal fosse, vejo o teu corpo ser percorrido pelas tuas mãos, para que a pele dos dedos, sinta os teus lábios enquanto os teus olhos me desafiam para que ande onde eu permaneço numa janela. Num lençol de cetim preto, sinto-te a começar a contorcer quando as tuas mãos que humedecidas pelo teu gosto, acariciam e brincam freneticamente com os seios, tal o êxtase que se faz sentir em ti. Elevas o corpo no luar de lua cheia, deslizando as mãos até as coxas e mergulhando os dedos num culminar de prazer molhado e quente que resulta num juntar de joelhos forçados, tal força da lua que te domina! Mais uma vez me olhas nos olhos e me puxas para ti, sinto-te desafiar-me com um chamamento selvagem quando me aproximo do teu calor, do teu corpo que me atrofia. Os teus dentes mordem os lábios quando fixamente me vês surgir, arrepiaste com o sentir das minhas mãos subindo as tuas pernas até aos teus joelhos que permanecem fechados. Sinto-te tremula, quando a minha boca cola na tua, os nossos gostos se misturam num beijo arrepiante tanto quanto a lua está cheia. Num aumento de prazer corporal, as minhas mãos em cima dos teus joelhos, força-os fazendo-os abrir e as minhas unhas descem as tuas coxas, penetrando-te os meus dedos, repentinamente quase que me mordes. Navego os meus dedos com o teu molhado no teu corpo, passeando nos teus seios até a tua boca (um desejo carnal na boca que deseja saborear-te) para te puxar até mim, olhos nos olhos, desafias-me, abro mais as tuas pernas e penetro-te com uivar de lobos no alto. Na mesma cama, na mesma lua cheia, e enquanto te penetro fortemente, nos teus gemidos de prazer dizes que me odeias e no segundo seguinte sinto a tua língua a dirigir-se para o meu pescoço, para os teus dentes me morderem e me sugarem como vampira, sinto os meus dentes serrados como a boca dos lobos, num misturar intenso dos nossos corpos, no misturar do nosso toque e da nossa carne. Num movimento repentino, sento-te em cima do meu corpo, para que eu te sinta navegar nele e tu me sintas mais dentro de ti, dou-te as minhas mãos e não há roupa que pare momento mais extasiado, mais uma vez dizes que me odeias porque te prendo num forte movimento de prazer e um gritante gemido. Seguro a tua cintura a uma velocidade desenfreada e mais uma vez me mordes no peito para aprimorar o nosso auge, o teu suor cola o teu corpo ao meu e é neste momento, num minuto selvagem que tudo é libertado, a lua cheia faz-me emergir a minha energia para ti e os lobos fazem-te uivar para mim nesta cama.
Escrito por: Ricardo Lourenço Fevereiro de 2012