Na 1ª pessoa

Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O jogo

O jogo


Existe um espaço em que a cor roxa predomina, em que o calor abunda num ambiente de luxuria e guloseima. Tudo roxo, numa sala enorme de chão feito com mosaico preto e branco, janelas de vidros enormes com cortinados enormemente roxos e um cheiro de framboesa no ar. Ao centro, uma grande mesa de mármore trabalhada e acompanhada de uma manta de veludo lilás, dispondo um baralho de cartas meio partido meio aberto, tal como o frasco de geleia de framboesa. Este frasco que transborda, sendo derrubado num corpo repleto de prazer entrelaçado num cheiro intenso de vokda Cristal que automaticamente lhe penetra na pele e na mente! Sente-se um sublime arrepiar de pele.





O mesmo roxo dos cortinados, que se estende ao longo das duas cadeiras onde numa delas, tu te encontras sentada à minha frente, olhando-me nos olhos, tentado perceber o jogo que o baralho dita a cada carta que vira. Levanto-me, segundo a ordem que dá a carta, sussurro-te ao ouvido com a minha voz, que espero o mais calma possível, que hoje serás metaforicamente cega, transporto-te vendada para a mesa de mármore. Não te considero submissa, mas ainda consigo sentir no meu corpo, o choque da tua temperatura corporal quente com o frio do mármore, ainda sinto o teu suspiro das tuas cochas nuas na planície trabalhada da mesa, ao mesmo tempo que te alimento com o cheiro de vodka e o meu sabor, aplicando o gosto de framboesa nos teus lábios. Outra carta virada que ordena que sejas completamente vendada, o jogo manda-me colocar as tuas mãos nas costas sendo envolvidas em cordão de seda, fazendo sobressair o teu peito revelando o teu desejo firme neles. Estando eu à tua frente, dá-me prazer sentir o pegajoso do doce da fruta nos teus lábios sendo invadidos pelos meus, corpo junto ao corpo, ao mesmo tempo que derramo um pouco de Vokda para se misturar nas nossas bocas, nas nossas línguas e nos nossos gostos enrolados. Sinto-te inquietante com o aplicar de framboesa no teu peito seguidamente envolvido na minha língua que o acaricia freneticamente, enquanto as minhas mãos descem lentamente o teu corpo submisso até as tuas coxas, para as alimentar de vodka. Mais uma carta virada e sugo-te o álcool que te derrama nas pernas, para o meio das tuas pernas completamente abertas e tens as mãos presas, Lembras-te?






Sentes-te preparada para mais uma carta? Que tal um Ás? Mais um momento de prisão envolvendo as tuas mãos em seda? Queres-me dizer que me odeias? Diz e grita! Mais uma carta virada e o jogo manda empurrar-te sobre o mármore, colocando-te deitada, a tuas pernas abertas e cobertas de doce de framboesa no seu meio sobre a minha boca. Enquanto te acaricio fortemente com a minha língua, sinto o teu gosto e o teu sabor, sinto o teu corpo tremer e pulsar de prazer, sinto a força das tuas pernas nos meus ombros para te libertares, oiço os teus gritos e gemidos de prazer quando eu forçando com mais intensidade ao misturar vodka novamente. Posso chamar de poder? Outra carta virada a que se pode chamar de rei de espadas, uma carta tão forte que me faz erguer até ficar de pé, deixando o roxo da cadeira para trás! Olho-te à minha frente e puxo-te para mim e sussurrares-me ao ouvido ferozmente que me odeias, o rei de espadas permite que te afaste violentamente as pernas para te penetrar e sentir o teu grito de prazer ao mesmo tempo que usas a boca para me morder a pele e carne. O prazer da dor e o ranger dos meus dentes, faz-me penetrar-te mais violentamente até sentir o êxtase dos nossos corpos misturados. Sente-se o suor resultado do calor. Como é sentires-te presa? Enquanto colas as tuas pernas na minha cintura para me prender, há um momento de pausa na tua escuridão da venda que te aumenta o poder, sinto um aumento na tua respiração de prazer acelerada na minha penetração. Dá-se a libertação de um arrepiante estalar de cordas de seda, sinto um violento expulsar do baralho da mesa derrubando o frasco de doce, o erguer do teu corpo e o elevar dos teus braços libertados na direção do meu peito. Sinto-te completamente pegada a mim com as unhas cravadas pela minha pele dentro fazendo surgir sangue, a tua boca colada na minha num beijo fortemente intenso de prazer. Os nossos corpos acumulam uma temperatura tão forte como o açúcar fermenta o álcool, sinto-te explodir num grito tão forte quanto me sentes dentro de ti. Sinto o cheiro da vodka misturado na framboesa aumentar a intensidade do nosso prazer que nem uma puta de carta de baralho consegue parar, num último derramar de vodka na tua boca, atingimos o nosso auge num estilhaçar de vidro quando a garrafa caiu no chão para espelhar o roxo permanente. Após tanto prazer, apos tanto doce de framboesa, sinto o ardor do álcool na tua língua ao lamber o sangue que escorrer no meu peito até as feridas, por ti antes mordidas. No fim me perguntas. Quem controla o jogo? Quem manda agora?





Escrito por: Ricardo Lourenço Lisboa, 16 de Janeiro de 2012

Frases....

"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca

Antonio J. Lourenço Construções