Na 1ª pessoa
Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Nu e cru
Nu e cru
É puramente nu e cru, que estes momentos inteiramente existem e eu comprovo-os todos. É puramente nu e cru, que estes momentos rompem-me o corpo quando os meus dentes serrados me fazem sentir aquela dor picuinhas e horrenda, perante a inercia do meu cérebro em trabalhar. Obrigas-me a isto hoje e nesta maldita hora. Neste momento, são 1:02 minutos da madrugada e sinto um vazio na cabeça que me aterroriza a alma, sinto longe o meu descanso mental tal como a minha capacidade de resistência física. Tenho ódio das lágrimas internas que me escorrem na cara, sabem-me a sangue quando se mistura nos meus lábios mordidos até à carne. É puramente nu & e cru, que o gelo e a água gelada da banheira, me permite sentir a traqueia a dar um nó em si mesma. Um nó bastante apertado que mal consigo sentir a minha respiração quando o gelo que boia na água me toca na pele. Não lhe sinto o calor… não sinto meu calor habitual e se calhar, são as minhas mãos que me apertam a garganta. Elas agarram nos meus maiores medos e receios colocando-os mesmo a minha frente. Desde as 1:40, passaram-se 25 minutos, sinto a merda do chão frio a violar-me corpo, ultrapassa-me a roupa, sinto as minhas unhas roídas a arranharem-me a cabeça, os meus cabelos a serem puxados com tanta força pelos meus dedos que até me faz gritar a raiz. Tudo isto num barulhento elevador, eu sou mudo nele, parece a minha prisão!
São umas malditas 2:13 não consigo sentir o metal das chaves segurado pela minha carne, não me sai da cabeça pensamentos de toque quente e bruto, de insanidade e mistura de corpos, memorias e pedaços vulcânicos, sanguinários e sangrentos que é precisamente o mesmo e que me fazem gritar. A ironia de tudo aquilo que eu não tenho e se a minha alma falasse, ela iria dizer o quanto está aflita agora, porque a estrada e o escuro da noite me mantiveram completamente cego nas curvas. Às 3:48, é puramente nu & cru, que o significado da insanidade toma conta dos meus pés e mãos, quando me derruba para comer o pó do chão da boca do inferno. Parecem lâminas que saem para me cortar de desfalecimento, mas que são pedras para me apedrejar com raiva sem qualquer capacidade de luta. Estes momentos existem em mim tanto quanto a inercia me comanda ao precipício, sinto-me totalmente possuído de loucura num conjunto de imagens monstruosas com total insanidade. Uma mistura de tanto sofrimento, alegria, gritos de loucura, não há musica que pare isto perante o choque das ondas. Histeria completa ao mais alto calibre quando se dá um rasgar de roupa nos minutos seguintes em que me sinto totalmente criança! Um suspiro de melancolia, faz-me reparar o som do carro a trabalhar e porta aberta no seu extremo levando os meus joelhos ao chão de terra. São 5:29 e qual é a noção disto? Porque raio me fazes isto mente? Porque te fazes isto Lourenço? No caminho de volta apenas se repara que não ouve capacidade de argumentação, só um olhar a pedir um abraço que não houve.
São 7:45 dia 27 de Janeiro de 2012,
Escrito Por: Ricardo Lourenço
São umas malditas 2:13 não consigo sentir o metal das chaves segurado pela minha carne, não me sai da cabeça pensamentos de toque quente e bruto, de insanidade e mistura de corpos, memorias e pedaços vulcânicos, sanguinários e sangrentos que é precisamente o mesmo e que me fazem gritar. A ironia de tudo aquilo que eu não tenho e se a minha alma falasse, ela iria dizer o quanto está aflita agora, porque a estrada e o escuro da noite me mantiveram completamente cego nas curvas. Às 3:48, é puramente nu & cru, que o significado da insanidade toma conta dos meus pés e mãos, quando me derruba para comer o pó do chão da boca do inferno. Parecem lâminas que saem para me cortar de desfalecimento, mas que são pedras para me apedrejar com raiva sem qualquer capacidade de luta. Estes momentos existem em mim tanto quanto a inercia me comanda ao precipício, sinto-me totalmente possuído de loucura num conjunto de imagens monstruosas com total insanidade. Uma mistura de tanto sofrimento, alegria, gritos de loucura, não há musica que pare isto perante o choque das ondas. Histeria completa ao mais alto calibre quando se dá um rasgar de roupa nos minutos seguintes em que me sinto totalmente criança! Um suspiro de melancolia, faz-me reparar o som do carro a trabalhar e porta aberta no seu extremo levando os meus joelhos ao chão de terra. São 5:29 e qual é a noção disto? Porque raio me fazes isto mente? Porque te fazes isto Lourenço? No caminho de volta apenas se repara que não ouve capacidade de argumentação, só um olhar a pedir um abraço que não houve.
São 7:45 dia 27 de Janeiro de 2012,
Escrito Por: Ricardo Lourenço
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
O jogo
O jogo
Existe um espaço em que a cor roxa predomina, em que o calor abunda num ambiente de luxuria e guloseima. Tudo roxo, numa sala enorme de chão feito com mosaico preto e branco, janelas de vidros enormes com cortinados enormemente roxos e um cheiro de framboesa no ar. Ao centro, uma grande mesa de mármore trabalhada e acompanhada de uma manta de veludo lilás, dispondo um baralho de cartas meio partido meio aberto, tal como o frasco de geleia de framboesa. Este frasco que transborda, sendo derrubado num corpo repleto de prazer entrelaçado num cheiro intenso de vokda Cristal que automaticamente lhe penetra na pele e na mente! Sente-se um sublime arrepiar de pele.
O mesmo roxo dos cortinados, que se estende ao longo das duas cadeiras onde numa delas, tu te encontras sentada à minha frente, olhando-me nos olhos, tentado perceber o jogo que o baralho dita a cada carta que vira. Levanto-me, segundo a ordem que dá a carta, sussurro-te ao ouvido com a minha voz, que espero o mais calma possível, que hoje serás metaforicamente cega, transporto-te vendada para a mesa de mármore. Não te considero submissa, mas ainda consigo sentir no meu corpo, o choque da tua temperatura corporal quente com o frio do mármore, ainda sinto o teu suspiro das tuas cochas nuas na planície trabalhada da mesa, ao mesmo tempo que te alimento com o cheiro de vodka e o meu sabor, aplicando o gosto de framboesa nos teus lábios. Outra carta virada que ordena que sejas completamente vendada, o jogo manda-me colocar as tuas mãos nas costas sendo envolvidas em cordão de seda, fazendo sobressair o teu peito revelando o teu desejo firme neles. Estando eu à tua frente, dá-me prazer sentir o pegajoso do doce da fruta nos teus lábios sendo invadidos pelos meus, corpo junto ao corpo, ao mesmo tempo que derramo um pouco de Vokda para se misturar nas nossas bocas, nas nossas línguas e nos nossos gostos enrolados. Sinto-te inquietante com o aplicar de framboesa no teu peito seguidamente envolvido na minha língua que o acaricia freneticamente, enquanto as minhas mãos descem lentamente o teu corpo submisso até as tuas coxas, para as alimentar de vodka. Mais uma carta virada e sugo-te o álcool que te derrama nas pernas, para o meio das tuas pernas completamente abertas e tens as mãos presas, Lembras-te?
Sentes-te preparada para mais uma carta? Que tal um Ás? Mais um momento de prisão envolvendo as tuas mãos em seda? Queres-me dizer que me odeias? Diz e grita! Mais uma carta virada e o jogo manda empurrar-te sobre o mármore, colocando-te deitada, a tuas pernas abertas e cobertas de doce de framboesa no seu meio sobre a minha boca. Enquanto te acaricio fortemente com a minha língua, sinto o teu gosto e o teu sabor, sinto o teu corpo tremer e pulsar de prazer, sinto a força das tuas pernas nos meus ombros para te libertares, oiço os teus gritos e gemidos de prazer quando eu forçando com mais intensidade ao misturar vodka novamente. Posso chamar de poder? Outra carta virada a que se pode chamar de rei de espadas, uma carta tão forte que me faz erguer até ficar de pé, deixando o roxo da cadeira para trás! Olho-te à minha frente e puxo-te para mim e sussurrares-me ao ouvido ferozmente que me odeias, o rei de espadas permite que te afaste violentamente as pernas para te penetrar e sentir o teu grito de prazer ao mesmo tempo que usas a boca para me morder a pele e carne. O prazer da dor e o ranger dos meus dentes, faz-me penetrar-te mais violentamente até sentir o êxtase dos nossos corpos misturados. Sente-se o suor resultado do calor. Como é sentires-te presa? Enquanto colas as tuas pernas na minha cintura para me prender, há um momento de pausa na tua escuridão da venda que te aumenta o poder, sinto um aumento na tua respiração de prazer acelerada na minha penetração. Dá-se a libertação de um arrepiante estalar de cordas de seda, sinto um violento expulsar do baralho da mesa derrubando o frasco de doce, o erguer do teu corpo e o elevar dos teus braços libertados na direção do meu peito. Sinto-te completamente pegada a mim com as unhas cravadas pela minha pele dentro fazendo surgir sangue, a tua boca colada na minha num beijo fortemente intenso de prazer. Os nossos corpos acumulam uma temperatura tão forte como o açúcar fermenta o álcool, sinto-te explodir num grito tão forte quanto me sentes dentro de ti. Sinto o cheiro da vodka misturado na framboesa aumentar a intensidade do nosso prazer que nem uma puta de carta de baralho consegue parar, num último derramar de vodka na tua boca, atingimos o nosso auge num estilhaçar de vidro quando a garrafa caiu no chão para espelhar o roxo permanente. Após tanto prazer, apos tanto doce de framboesa, sinto o ardor do álcool na tua língua ao lamber o sangue que escorrer no meu peito até as feridas, por ti antes mordidas. No fim me perguntas. Quem controla o jogo? Quem manda agora?
Sentes-te preparada para mais uma carta? Que tal um Ás? Mais um momento de prisão envolvendo as tuas mãos em seda? Queres-me dizer que me odeias? Diz e grita! Mais uma carta virada e o jogo manda empurrar-te sobre o mármore, colocando-te deitada, a tuas pernas abertas e cobertas de doce de framboesa no seu meio sobre a minha boca. Enquanto te acaricio fortemente com a minha língua, sinto o teu gosto e o teu sabor, sinto o teu corpo tremer e pulsar de prazer, sinto a força das tuas pernas nos meus ombros para te libertares, oiço os teus gritos e gemidos de prazer quando eu forçando com mais intensidade ao misturar vodka novamente. Posso chamar de poder? Outra carta virada a que se pode chamar de rei de espadas, uma carta tão forte que me faz erguer até ficar de pé, deixando o roxo da cadeira para trás! Olho-te à minha frente e puxo-te para mim e sussurrares-me ao ouvido ferozmente que me odeias, o rei de espadas permite que te afaste violentamente as pernas para te penetrar e sentir o teu grito de prazer ao mesmo tempo que usas a boca para me morder a pele e carne. O prazer da dor e o ranger dos meus dentes, faz-me penetrar-te mais violentamente até sentir o êxtase dos nossos corpos misturados. Sente-se o suor resultado do calor. Como é sentires-te presa? Enquanto colas as tuas pernas na minha cintura para me prender, há um momento de pausa na tua escuridão da venda que te aumenta o poder, sinto um aumento na tua respiração de prazer acelerada na minha penetração. Dá-se a libertação de um arrepiante estalar de cordas de seda, sinto um violento expulsar do baralho da mesa derrubando o frasco de doce, o erguer do teu corpo e o elevar dos teus braços libertados na direção do meu peito. Sinto-te completamente pegada a mim com as unhas cravadas pela minha pele dentro fazendo surgir sangue, a tua boca colada na minha num beijo fortemente intenso de prazer. Os nossos corpos acumulam uma temperatura tão forte como o açúcar fermenta o álcool, sinto-te explodir num grito tão forte quanto me sentes dentro de ti. Sinto o cheiro da vodka misturado na framboesa aumentar a intensidade do nosso prazer que nem uma puta de carta de baralho consegue parar, num último derramar de vodka na tua boca, atingimos o nosso auge num estilhaçar de vidro quando a garrafa caiu no chão para espelhar o roxo permanente. Após tanto prazer, apos tanto doce de framboesa, sinto o ardor do álcool na tua língua ao lamber o sangue que escorrer no meu peito até as feridas, por ti antes mordidas. No fim me perguntas. Quem controla o jogo? Quem manda agora?
Escrito por: Ricardo Lourenço Lisboa, 16 de Janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Se a minha alma falasse..
Se a minha alma falasse...
São 4:30 da madrugada, mais uma vez dou início a um ato de puro descontrolo cerebral, mas não chamo de loucura, seria demasiado cruel. Posso considerar cobardia direta, sonhar e nada fazer para o ter! Revelar falta de capacidade por objetivos próprios que é alto padrão de consumo para a autodestruição. Destruir-se constantemente é comparação com consumidor compulsivo? Talvez, posso chamar de "Um grito de dentro do meu corpo sai todos os dias. "São 4:49 da madrugada, o corpo dá um laço em si mesmo, contorce-se, cai no chão e enrola-se. Chora!!" Cito e volto a repetir isto, porque, Se a minha alma falasse, gritaria palavras tal como os vulcões fazem com a lava. Queimariam onde quer que tocassem da mesma forma que os gritos também me queimam a garganta, mas que esta não deixa o som aflitivo sair. Se a minha alma falasse, iria falar e dizer aquilo que eu ainda não consigo, iria mostrar-me e despir-me para que soubessem mais que eu mesmo sei de mim. Se a minha alma falasse, iria mostrar com quantas barreiras o meu mundo é feito, com quantas pedras eu construi a minha masmorra e com quanta força a minha alma faz para sair um corpo curvado e ajoelhado, cansado de ser amordaçado pela psicologia própria como o meu. As vezes, já nem dói porque dói sempre, certo?
Outro dia, não sei porquê, mas são 22:22 da noite, um empate, entre horas e minutos, consigo-me lembrar que já tive montanhas de ideais, projetos e ideias; já criei fantasias, perspectivei cenários e realidades, mas por enquanto, só vejo o outro lado da realidade. Se a minha alma falasse, iria gritar, arranhar e arrancar aos pedaços, a minha pele para passar e sair de onde está, de um casulo ensanguentado a que chamo de meu corpo, tal como uma imagem do filme do "Alien". Iria ganhar vida, bater-me, abanar-me, agarrar em mim e talvez acorrentar-me à parede, fixar-me na minha frente e olhar-me nos olhos. Parece que me sinto preso a essa imagem... Um poster, onde dou comigo como disse antes, sentido o frio do aço do prego que me atravessa a pele e penetra na carne, mantendo-me pregado ao chão. Que me mantem estupefacta mente preso! Consigo sentir os meus pés engolidos por gelo sem que lhes sinta o sangue, tal como a minha alma permanece sentada a minha frente com os seus metafóricos olhos vermelhos a olhar para mim. Sinto a raiva que sai deles... Se a minha alma falasse, iria dizer quando está farta-me de mim, quanto está farta da beleza do meu ser, que está farta da minha mente. Se a minha alma falasse diria que a minha maneira de pensar a cansa de parvoíce como um carro engasgado e que preciso de asas para voar e puder gritar. Ainda sinto na cabeça a sua voz seca de morte no meu ouvido, ainda a sinto tossir de quase a ter morto e se ela puder, ela agarra em mim e ergue-me e berra gritos de liberdade para que transmitam movimento e estalos de realidade. São 18:21 do dia 09 de Janeiro de 2012 e sinto a minha alma a abraçar-me sussurrar-me ao cérebro finalmente acordaste, finalmente sentiste dor.
Escrito Por: Ricardo Jorge Santos Lourenço
Lisboa, 09 de Janeiro de 2012
São 4:30 da madrugada, mais uma vez dou início a um ato de puro descontrolo cerebral, mas não chamo de loucura, seria demasiado cruel. Posso considerar cobardia direta, sonhar e nada fazer para o ter! Revelar falta de capacidade por objetivos próprios que é alto padrão de consumo para a autodestruição. Destruir-se constantemente é comparação com consumidor compulsivo? Talvez, posso chamar de "Um grito de dentro do meu corpo sai todos os dias. "São 4:49 da madrugada, o corpo dá um laço em si mesmo, contorce-se, cai no chão e enrola-se. Chora!!" Cito e volto a repetir isto, porque, Se a minha alma falasse, gritaria palavras tal como os vulcões fazem com a lava. Queimariam onde quer que tocassem da mesma forma que os gritos também me queimam a garganta, mas que esta não deixa o som aflitivo sair. Se a minha alma falasse, iria falar e dizer aquilo que eu ainda não consigo, iria mostrar-me e despir-me para que soubessem mais que eu mesmo sei de mim. Se a minha alma falasse, iria mostrar com quantas barreiras o meu mundo é feito, com quantas pedras eu construi a minha masmorra e com quanta força a minha alma faz para sair um corpo curvado e ajoelhado, cansado de ser amordaçado pela psicologia própria como o meu. As vezes, já nem dói porque dói sempre, certo?
Outro dia, não sei porquê, mas são 22:22 da noite, um empate, entre horas e minutos, consigo-me lembrar que já tive montanhas de ideais, projetos e ideias; já criei fantasias, perspectivei cenários e realidades, mas por enquanto, só vejo o outro lado da realidade. Se a minha alma falasse, iria gritar, arranhar e arrancar aos pedaços, a minha pele para passar e sair de onde está, de um casulo ensanguentado a que chamo de meu corpo, tal como uma imagem do filme do "Alien". Iria ganhar vida, bater-me, abanar-me, agarrar em mim e talvez acorrentar-me à parede, fixar-me na minha frente e olhar-me nos olhos. Parece que me sinto preso a essa imagem... Um poster, onde dou comigo como disse antes, sentido o frio do aço do prego que me atravessa a pele e penetra na carne, mantendo-me pregado ao chão. Que me mantem estupefacta mente preso! Consigo sentir os meus pés engolidos por gelo sem que lhes sinta o sangue, tal como a minha alma permanece sentada a minha frente com os seus metafóricos olhos vermelhos a olhar para mim. Sinto a raiva que sai deles... Se a minha alma falasse, iria dizer quando está farta-me de mim, quanto está farta da beleza do meu ser, que está farta da minha mente. Se a minha alma falasse diria que a minha maneira de pensar a cansa de parvoíce como um carro engasgado e que preciso de asas para voar e puder gritar. Ainda sinto na cabeça a sua voz seca de morte no meu ouvido, ainda a sinto tossir de quase a ter morto e se ela puder, ela agarra em mim e ergue-me e berra gritos de liberdade para que transmitam movimento e estalos de realidade. São 18:21 do dia 09 de Janeiro de 2012 e sinto a minha alma a abraçar-me sussurrar-me ao cérebro finalmente acordaste, finalmente sentiste dor.
Escrito Por: Ricardo Jorge Santos Lourenço
Lisboa, 09 de Janeiro de 2012
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"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca