Poema da obscuridade

A minha Obscuridade

no mundo da obscuridade vivo eu,
e a obscuridade está dentro de mim,
só há razaões para eu gostar no negro do céu,
absorve a minha alma que aumenta o sofrimento em mim.

A obcuridade é como um mundo,
um cela que existe à minha volta, estou rodeado por ela,
serve para me esconder, me fazer sentir bem,
e esqueçer o problemas quem ai vem.

A obscuridade, trás-me raiva, neutraliza-me,
monta-me uma sombra que permanece em mim,
cria um mundo que não abro a ninguém,
fecho-me a uma podre sociedade que me cria a raiva

tenho a minha realidade,
o meu sofrimento que arde dentro de mim,
altera a minha realidade que em mim permanece,
uma escuridão que me altera aos outros,
que tento mostrar o que sou mas nem sempre acontece.

Momento de raiva e agonia, pura complexidade....

Descargo de consciência?

Eles não têm isso!!

Toda a gente sabe que a vida é uma merda... eu fico a saber isso todos os dias...cada vez que olho para mim, para ti e para toda a gente... cada vez que vejo na rua uma merda de um sem-abrigo que depois passa para por ele uma estúpida senhora que lhe diz que não tem dinheiro para lhe pagar um pão que custa 0,13€, mas, que logo a seguir entra no café para almoçar...a partir deste momento, a hipócrita velha, fica com peso na consciência que podia ter feito algo... mas acha que o pobre rapaz que não come à dias, mesmo assim, acha ainda tem corpo para trabalhar...ela no entanto tem a reforma de 900€ do maridinho que é um engravatado de merda, que olha para o pobre de lado porque não interessa ajudar quem mais precisa...e vocês sociedade de merda, que apenas ficam felizes com a caixa magica, porque é aquilo que não vos faz pensar, desculpem! vocês não pensam, apenas vos interessa o dinheiro fácil e a bela da beleza e extravagância para impressionar os outros...vocês têm descargos de consciência... ou não...

Ricardo Lourenço

Mas há tanta dor...!!! 3ª e ultima parte

Pedofilia, violação e trabalho infantil... existem mesmo...

Mas há tanta dor no planeta que uma vez pediram a paz entre os homens,
as crianças querem, mas a dor diz que já não há carrocéis com póneis,
já não há parques infantis para brincar,
e falar a verdade o lado negro da força é uma coisa cheia de possibilidades,
as contrariedades...surgem na contradição, quando no mesmo jardim, na escuridão,
surge um homem e uma mulher, mais uma violação,
fica gravado na memória,
as marcas ficam, visões e a felicidade é provisória,
desculpem, não há felicidade, é ilusória,
ao violador só interessa o sexo, o sofrimento já faz parte da história …
…isso aconteceu com a Madalena,
saiu 15 minutos mais tarde e a vida nunca mais foi a mesma,
foi violentamente violada e a recuperação andou devagar como a lesma,
nunca mais conseguiu ficar sozinha com medo da solidão,
sentiu-se nojenta, totalmente despida, até que tomou uma drástica opção,
tornou-se lésbica, não porque quis, mas por causa daquela horrível situação,
passou a odiar os homens da família,
sobrinhos e cunhados, até o tio que a considerava filha!!!
Agora tem namorada que nunca desejou, mas aquilo … sempre fará parte da sua vida…
Mas há tanta dor… que as crianças não a sentem,
trabalham 27 em 24 horas, nem a liberdade conhecem,
uma pessoa sente-se como? Fútil?
Sentem-se objectos daquilo a que se chama exploração infantil,
o Fábio sabe o que é isso
teve que aos 5 anos assumir esse compromisso,
começou a trabalhar para ajudar a família,
começou a trabalhar nas obras e nunca mais viu como deve de ser a luz do dia,
começou a levantar baldes de cimento e ainda não sabia que o mundo existia,
nunca começou a estudar, ficou analfabeto,
o pai obrigou-o ao oficio para não ficar sem tecto,
sentiu-se obrigado a fazer o que jamais pensaria fazer,
tiraram-lhe a liberdade de brincadeira e isso sempre foi difícil de compreender,
o pai sempre o ameaçou com porrada,
deixou de saber o que era bonecos, jogar futebol e até apanhada,
da sua visão do futuro, já não resta nada,
infelizmente, vê agora o trabalho como culto,
antes de ser maior de idade já ele era adulto,
Mas há tanta dor… que nem sequer se sabe por onde começar a tirar,
Mas há tanta dor… que nem sei como isto finalizar,
Mas há tanta dor… como a violência doméstica e a criminalidade,
Mas há tanta dor… que os criminosos fazem da pedofilia uma irmandade,
É preciso acabar com isto, é preciso acabar com esta festa,
nem que lhe tenham que fazer guerra…
mas por favor, acabem com esta merda!!!…
…
A dor sente-se, mas a maior dor é sentida quando não vemos queremos ver...

Mas há tanta dor…!!! 2ª parte

GLOBALIZAÇÂO?? ONDE??

É triste, mas há tanta dor no planeta e já fecharam as saídas,
há muita gente a precisar de ajuda, mas são estas mesmas que estão submetidas,
ligadas à pobreza quando as coisas estão mal repartidas,
barracas, casas feitas ilegalmente por pessoas que trabalham mais horas que o dia tem,
vivem em bairros problemáticos nos arredores do além,
facilidade com armas arranjadas a baixos custos,
pois num tiroteio qualquer houve um chavalo que morreu com bala e agora dorme o sono dos justos,
atravessou-se involuntariamente mas na pressa, … na tentativa de fugir aquela bala que lhe atravessou a cabeça,
luta entre traficantes… para a família do puto já nada será como antes…
Todo ambiente é igual nas barracas,
casas feitas de material roubado e até de lata,
luz e água desviada, a situação do saneamento só idealizada,
nunca realmente projectada,
porque não existe esgoto no subúrbio da cidade capitalizada.
Falemos a verdade, falemos caro!
Toda a gente sabe que a igualdade é um acontecimento raro,
e que na Etiópia em cada 5 minutos, 6 morrem de fome em excesso, como a velocidade de um carro,
que na América muita comida é desperdiçada,
enquanto nestes, o ar circula na sua barriga vazia e inchada,
corpos esqueléticos, olhos espetados a pedir ajuda, cara esfomeada,
cheios de doenças incuráveis com inércia, está condenada,
Mas há tanta dor em África,
porque o sofrimento também se causa pela aquela pessoa simpática,
que se esquece que o tempo da escravatura já passou e torna-se antipática,
e faz com que o terror apague o que era cool,
pois o racismo agora mata os portugueses na África do Sul,
são pessoas! São inocentes, não têm culpa do que aconteceu antes!
Mas a raiva só vai passar quando morrerem todos, porque ainda há bastantes!
E porque são brancos! E porque são estranhos!
E isso só vai acontecer a todos aqueles que não são manos,
os actos de violência existem desde sempre,
podemos ter a mania que somos alguém mas não fazemos mais do que a vida nos consente...

Mas há tanta dor…!!! 1ª parte

O triste pensamento...

* As pessoas nunca levaram este assunto a sério,
as soluções para eles os Srs. definem como tédio,
Mas há tanta dor que até faz impressão,
várias pessoas morrem de fome por causa da globalização,
famílias vão para a rua e perdem empregos de anos,
as fabricas fecham, os patrões fogem como diabos e os empregados ficam aos arames,
a falência chegou, a realidade contrasta, noutras só existem tanques,
nestas as crianças não sabem o que é a infância porque nunca a viram antes,
só conhecem a guerra,
os Srs. não lhes vêm o sofrimento, só interessa defender o pedaço de terra,
infelizmente neste mundo a morte é castigo para quem foge e quebra a regra,
para quem troca as armas pelos bonecos nesta era,
abandonam actividades básicas em troca de valores errados, que nem sequer sabem o que são,
morrem pelo que aceitam como certo, até que a morte sai pelo canhão,
o Mohamed perde aos 7 anos a infância quando lhe meteram pela 1ª vez uma arma na mão,
a família chora o sofrimento de um dia o ver no caixão,
a dor é maior, quando em sua homenagem fazem uma manifestação,
ensinaram-lhe que era digno morrer pela pátria, e que para os mentirosos ocidentais ele era um terrorista,
pois aos 22 anos em vez de futuro, suicidou-se num ataque bombista,
antes de detonar a bomba, rezou pelo que pensava ser pela libertação do seu povo,
o iraquiano só matou pessoas inocentes e ele ainda era novo!

A Real Tuga

A prodidão da sociedade

A realidade todos os dias anda nas ruas,
Vemos pessoas vestidas mas interiormente todas nuas,
As situações acontecem, a realidade é mesmo assim,
Há violência, desorganização, erros para a população, isto não tem fim,
Tudo acontece à frente de toda a gente,
A realidade constrói com as situações que existem, mas sinceramente,
um país que tem 900kms e tal,
Várias terras, maravilhas, escândalos raciais e exclusão social,
Várias merdas que nos fazem perguntarem na mental?
Porque somos sempre os últimos e moramos neste pais Portugal?
As várias perguntais que se respondem com o que vemos,
Os problemas que vou falar em diante são sempre os mesmos,
Estamos numa sociedade em que todos se queixam do mesmo,
Os acidentes nas auto-estradas são às resmas,
Porque inconsciências acontecem por falta de antenas,
A negligência leva a que a violência nas crianças nasca como vespas,
A uma grande velocidade,
A assistente social só se mexe depois de morte de uma criança que nunca conheceu a liberdade,
A polícia mexe-se à sua maneira, mais um caso arquivado para a realidade,
A comunicação social publica uma imagem sofista do caso,
a sociedade portuguesa muita vezes julga sem saber o resultado.
…
Repara bem a sociedade em que nasceste,
A realidade que nela existe é aquela que nunca preveste,
O sistema põe entraves a realidade que tu um dia pediste,
Fazem medidas para o povo, falando do benefício, aquela família passa dificuldades viste?
Numa aldeia onde tudo é necessário,
Desenvolvimento não existe, não há riqueza... pelo contrário,
Só há analfabetismo, desertificação, tudo cada vez isolado, populações cada vez mais pequenas, tudo é precário,
Como nos bairros sociais, todos se conhecem,
Conhecem as vidas uns dos outros, a coscuvilhice existe e as cenas acontecem,
Nesta realidade muita imaturidade fala pela inexperiência,
Muitas vezes jovens brincam aos papás e 9 meses depois nasce a inconsciência,
Grande taxa de desemprego bairros sociais sem saneamento,
Os putos cagam para a escola, dizem adeus ao ensinamento,
Dizem adeus ao futuro, preferem a marginalidade,
Ficam à margem da lei, passam ao lado de uma boa integração na sociedade,
Enquanto escrevi isto sei que mais um roubo aconteceu lá fora,
Nesta realidade o mundo é perfeito só para as revistas cor-de-rosa,
São hipócritas, falidos que não conhecem a vida perigosa,
Sorriem a quem apaticamente os aplaude,
São seres que só conhecem os flashes e não contribuem para o desenvolvimento de Portugal…

A realidade portuguesa, mostra-se também nos jornais,
Mostra bem o que falta e esconde o que está a mais,
Pais da solidariedade social, da formação, reintegração social,
Que abrem as luzes ao meninos, aqueles que estão mal,
Dão-lhes futuro, dão-lhes fantasia,
20 Anos mais tarde descobrem que a esperança era só pedofilia,
As bocas ficaram fechadas, crianças violadas,
Isso sempre acontece nesta realidade estragada,
Em que as mulheres facilmente chuladas,
Tornam-se prostitutas e nas ruas são espancadas,
A droga também para a ser a vida delas,
Para a ser o inferno de quem começa a ver o mundo por uma janela,
De quem rouba ou maltrata, para ter o que não ter tem fora delas,
Um que não tem vida, fica degradado,
Muitas vezes é desprezado mas dizem que é ajudado,
Só fica livre quando pela morte é levado,
É incompreensível quando os engravatados definem igualdade,
Quando são eles que nos tiram a hipóteses se singrar na sociedade,
Porque é pequeno não interessa que cresça, não interessa se estuda,
A manipulação se encarrega de manter esta real tuga…


Escrito por: Ricardo Lourenço 22/07/2006