Na 1ª pessoa

Considero apenas momentos de raiva e agonia...Considerem se quiserem, textos e pensamentos, pura opinião, porque fui um monstro, já sofri muito, já menti para ocultar o que sentia, já chorei, já gritei por desespero e por me odiar, já senti medo e tive na merda, já escrevi o mais horrível em relação ao sofrimento; sou um monstro quando quero, raramente confio em alguém, tenho mau feitio, sou mau hurmorado e raramente sorrio! Adoro escrever para diminuir a retórica sofista; sou muito transparente sobretudo na escrita. Tenho muita experiência de vida e sou ingénuo; sou demasiado crescido; não elogio para agradar, tem que merecer! Sou arrogante,sou demasiado sincero; não gosto de pessoas que têm a mania que sabem mais que os outros quando nem eles sabem o que falam; não suporto futilidade, paralogismos e sofistas; não tenho paciência para regras de etiqueta nem moralismos; não gosto de perguntas parvas; não tenho paciência para ser simpático e sorrir, repudio narizes empinados e pessoas vendidas;observo e julgo; valorizo muito os meus ideais. Um dia, entreguei-me à escuridão, estou num buraco negro, neste momento conheço o melhor da vida da pior maneira, tenho muito a aprender; não sou perfeito, não quero ser. Quero ser alguém, quero lutar, aprender, compreender e viver,aumentar o nível de sapiência até que um dia eu tenha como Maquivel, Kafka e Fernando pessoa...

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sábado, 9 de maio de 2009

Um grito de dentro - 1ª Parte - Horas duma prisão de lembranças

1ª parte ( Pisão de lembranças em 7 minutos )



Sinto-me preso, sinto-me pesado... São 23:44 da noite, e apenas sinto aço e chumbo naquele que há anos passaram a designar como meu corpo. Um corpo que está sentado num lençol branco, um corpo imundo, farto de tudo e de todos, e em todos quer dizer momentos, um simples pano branco que nem sempre chega para limpar lágrimas de lembranças. Elas não me deixam viver, comem, consomem e me descarnam. A carne dos músculos por vezes prende-se de tanta incapacidade de movimentação, a carne por vezes enrijece os meus braços, endurece-os, deixando-os estendidos como pedra, absorvidos pela terra, ironicamente tudo é como era...

Passou um minuto, são 23:45, uma prisão de lembranças me mantém preso à mesma cama, por cima do mesmo lençol...Na mesma posição de inércia corporal! Todos estes momentos são demasiadamente compridos e os minutos parecem como correntes semelhantes a séculos! 23:46, um minuto passado... Horas que fazem os meus braços parecerem repetidamente pedra, horas que me aprisionam ao pensamento. O tipo de pensamento que faz escrever o "Odeio-te", que me faz ter "um grito de dentro". São horas que me tiram as forças quando me atacam com as lembranças, são como uma prisão que fazem crescer grades à minha volta, à volta do meu cérebro e à volta da mesma cama, onde está o mesmo lençol que já não é branco. Agora também vermelho.

-Sangue? Presentemente, uma pergunta sem resposta, presentemente uma memória do passado aperta-me o pulso como uma algema e prende-me à maldita grade! Sinto o meu cérebro fervilhar de tanto gritar! As correntes não permitem as minhas mãos na cabeça quando ela estala; por mais que queira acordar, não dá, não consigo sentir o som da liberdade da minha alma! Só sinto a palidez do meu corpo, sinto o fugir da minha calma, sinto um grito no meu pulso ensanguentado que me desarma! Tanto em apenas 3 minutos metaforicamente preso. 23:49...

Ainda tento arranjar uma razão lógica para me sentir tão preso, sinto o corpo a contorcer -se na mais selvagem das imagens imaginadas, por mais que lute realmente não entendo. Sinto a minha pele a despegar numa temperatura de 100ºC como se tivesse colada, sinto-me impotente, só porque um poster memorial se tentou intrometer na minha tentativa de ser alguém, na tentativa de fugir do escuro que me engole e das correntes que me prendem a mente provocando um fundo golpe! Em apenas mais um minuto, sinto uma explosão de ideias completamente fantasmagóricas e num ápice os gritos chamam silenciosamente por socorro. Ninguém ouve e permaneço deitado em 120 segundos de abismo, as lágrimas misturam-se com o suor e juntas correm em pleno corpo que grita quando se contorce para a frente… A fraca tentativa de libertação apenas permite sonhar com o que não tenho e também o que gostaria de ser. Acordei! 7 Minutos de pesadelo secaram-me a garganta, apertaram-me o pescoço, cortaram-me a língua, impediram-me de te falar e a cobardia prendeu-me. São 23:52, tenho que ir para casa. Tu foste, mais uma oportunidade deitada fora, a cama afinal era um banco de rua, nunca pensei que fosse veridico... Amanha tenho que ir trabalhar.( continua)



Escrito por: Ricardo Jorge santos Lourenço


Lisboa, 14 de Junho de 2009





domingo, 3 de maio de 2009

À beira do Desespero


À beira do Desespero (rescrito)

À beira do desespero, muita coisa já aconteceu,
Muita coisa querida já desapareceu,
Muitas coisas acontecem, muitas ideias se confundem e fazem com que outras se dispersem,
Sentimos o confronto, tudo é errado, queremos o que é idealizado, naquele horário,
E à beira do desespero acontece o contrário!
Nestes momentos a raiva aumenta, a concentração diminui, a loucura nem se fala e a calma raramente se sustenta,
A pessoa vai a baixo?
Não! Os acontecimentos que sucedem é que nos põem em baixo,
Fora do contexto, reforça-se a ideia de que para comer, muitos têm que rapar o tacho,
À beira do desespero, os sonhos desaparecem porque a realidade torna-se azeda,
As ideias confundem-se, o horrível impõe-se e o sonho daquele dia perfeito sai de cena...
...
O pesadelo começou e colocou o rapaz à beira do desespero,
E a história grande começou em tudo aquilo que eu escrevo,
E de tudo aquilo que escreverei, da verdade eu serei servo,
À beira do desespero ficou aquela pessoa que quis ter a sua própria realidade,
Sonhou com tudo o que na realidade não tinha e afinal soube quando acordou, que afinal não era verdade,
Não vou continuar. Não tem final, é como qualquer uma…
À beira do desespero fica aquela pessoa que tem medo,
De querer arriscar em algo, chegar a alma afligida e dizer eu te aqueço,
Falar o que realmente interessa, o que vai no coração, não consegue, não mostra enredo,
A pessoa sente-se frustrada e débil mentalmente, ou mentalmente débil?
É nisto que se torna uma pessoa que não vive bem consigo, tipo pessoa estéril,
Fica fracassada, completamente frustrada. Só se sente bem quando a lamina penetra na epiderme da pele cortada.
Quando se está à beira do desespero nada ajuda,
Torna-se tudo muito escuro e a ambição fica oculta,
Desavergonhada, a voz na situação presente, nua…
O desespero é implementado e a alegria é dada como fugitiva,
Tudo insinua para o desaparecimento da ambição em manter qualquer sonho vivo,
Tudo fica escuro quando furiosamente fechamos o livro, frustrada vive em 2 mundos,
Duas imagens de quem se sente nauseabundo, ou imperial dormindo, Acordado completamente mudo.
Sente um choque da real, o resto não interessa.
“Sempre pensaste que tudo um dia mudaria.”
Mas logo se percebe que aqueles dias felizes eram fantasia,
À beira do desespero ficam quem diria, muitas crianças prematuras quando violadas,
Talvez espancadas, e nem sequer sonham que o mundo existia,
Mas voltando ao presente, o desespero é diferente,
Muito raramente fala o que sente, como é fechado sentimentalmente, por vezes para fugir da realidade ele mente,
E depois chora por dentro o que não mostra por fora,
A mente fala…
À beira do desespero ficam aqueles apáticos,
Que no meio de tudo ficam estáticos,
Que quando acordam temporariamente, tentam no mínimo ser simpáticos,
Tentam, mas não conseguem, não tem moral para isso,
A sensação que os come por dentro fá-los sentir diminuídos, tira-lhes capacidade para assumir qualquer compromisso,
São muito poucas opções e tudo se torna impossível,
O ser fica fechado, torna-se insensível, raramente consegue falar o que realmente pensa,
É errado! Tudo o que acontece não faz sentido, parece doença!
No final, a sensação de alivio é rara,
Às vezes penso que nas linhas não se cuspiu qualquer palavra,
A sensação também é de raiva porque há ainda tanto por escrever…
Já me sinto incapacitado por que há ainda muito para acontecer…
Como uma ferida que nunca sara.
Sorte a sua, ele não está desesperado, está só no inicio… Só à beira do desespero….

Escrito por: Ricardo Jorge Santos Lourenço

isboa, 03 de Maio de 2009

Frases....

"A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.” Séneca

Antonio J. Lourenço Construções