6:00 da manhã, há uma voz na minha cabeça que me critica todos os dias, arrebenta com a minha maneira de estar na vida e grita comigo naqueles momentos, em que fico estaticamente parado, insensível ao todo e ao tudo, como se nada fosse comigo. Essa voz aterroriza-me a cabeça noite e dia...
"Voz"- Sabes Ricardo? Costumo chamar, convivência desmedida entre casos mortos, conheces-te? Sabes o que fazes quando falas? Consegues dizer o que queres quando queres? Consegues ser tu mesmo? Consegues mostrar-te sentimental e dizer as melhores palavras naquele momento crucial? Acorda para a vida Ricardo!
A voz fala-me ao ouvido, acaricia-me suavemente a cara e beija a minha paragem cerebral em todos os meus momentos de convivência, de socialização e pura cumplicidade sentimental traduzindo-os num só! Inércia ou lá o que queiram chamar.
São 09:13 do dia, 31 de Outubro de 2009, por vezes considero-me morto na minha plena imaginação, um simples retrato de mau trato pessoal com olhos abertos mas metaforicamente fechados por dentro. Sinto muitas vezes uma averbação fechada que me coze a boca, assemelha-se a cordas que limitam atitudes, que limitam as minhas atitudes envolvendo-me em inércia perante qualquer acontecimento! Paro no tempo sem qualquer desenvolvimento mental para uma palavra de carinho.
"Voz" - Ricardo, é como veres uma pessoa que sofre a tua frente, olhas, observas mas nada pensas e nada fazes perante o coitadinho. Sentes-te impotente, sufocas, choras por dentro, por vezes metes nojo aos teus próprios olhos, porque deverias ter dito aquilo e não fizeste, até gostavas que os teus olhos falassem e dissessem o que sentem, mas ainda não há olhos com boca na ciência para que pudessem falar. Grande Ironia.
A voz costuma chamar de insensibilidade involuntária perante o acto e mais um grito silencioso!
Não há qualquer razão e não tem qualquer parecença com estupidez, acho-me apenas um caso de desassossego mental em todos os actos de pura insensibilidade que impossibilitam as minhas palavras, quando elas mais deviam funcionar!
"Eu"- Sabes voz, a palavra "porquê", é a que mais existe na minha cabeça, um reles conjunto de palavras onde não consigo ter resposta para a minha incapacidade de expressão, e onde por vezes pára a minha cabeça no tempo... E no fundo? Somente silêncio perante montes de pessoas que se sorriem, riem à minha frente sem de nada se aperceberem e tudo isto me atrofia o meu sistema psicológico. Sabes voz, não gosto de sentir a minha garganta apertada impedindo o som das minhas palavras de surgir ou de sentir uma parede de tijolo que me foi construída na laringe ou na traqueia da minha boca. Não gosto de utilizar uma cobardia directa e ter fugir às questões quando não tenho qualquer capacidade para me exprimir, só porque sinto sangue na minha boca, não gosto de sentir as laminas afiadas do pensamento a invadirem-me a cabeça e fazer-me gritar quando nada sai e apenas explode salina ensaguentada! Sabes voz, não gosto das correntes que me pões na boca, ou da espécie de "trela" que me ergues na língua quando me fazes ajoelhar! Não gosto da tua "convivência desmedida entre casos mortos", vai para a merda e sai da minha cabeça! Deixa-me em paz!
"Voz"- Sabes Ricardo? Costumo chamar, convivência desmedida entre casos mortos, conheces-te? Sabes o que fazes quando falas? Consegues dizer o que queres quando queres? Consegues ser tu mesmo? Consegues mostrar-te sentimental e dizer as melhores palavras naquele momento crucial? Acorda para a vida Ricardo!
A voz fala-me ao ouvido, acaricia-me suavemente a cara e beija a minha paragem cerebral em todos os meus momentos de convivência, de socialização e pura cumplicidade sentimental traduzindo-os num só! Inércia ou lá o que queiram chamar.
São 09:13 do dia, 31 de Outubro de 2009, por vezes considero-me morto na minha plena imaginação, um simples retrato de mau trato pessoal com olhos abertos mas metaforicamente fechados por dentro. Sinto muitas vezes uma averbação fechada que me coze a boca, assemelha-se a cordas que limitam atitudes, que limitam as minhas atitudes envolvendo-me em inércia perante qualquer acontecimento! Paro no tempo sem qualquer desenvolvimento mental para uma palavra de carinho.
"Voz" - Ricardo, é como veres uma pessoa que sofre a tua frente, olhas, observas mas nada pensas e nada fazes perante o coitadinho. Sentes-te impotente, sufocas, choras por dentro, por vezes metes nojo aos teus próprios olhos, porque deverias ter dito aquilo e não fizeste, até gostavas que os teus olhos falassem e dissessem o que sentem, mas ainda não há olhos com boca na ciência para que pudessem falar. Grande Ironia.
A voz costuma chamar de insensibilidade involuntária perante o acto e mais um grito silencioso!
Não há qualquer razão e não tem qualquer parecença com estupidez, acho-me apenas um caso de desassossego mental em todos os actos de pura insensibilidade que impossibilitam as minhas palavras, quando elas mais deviam funcionar!
"Eu"- Sabes voz, a palavra "porquê", é a que mais existe na minha cabeça, um reles conjunto de palavras onde não consigo ter resposta para a minha incapacidade de expressão, e onde por vezes pára a minha cabeça no tempo... E no fundo? Somente silêncio perante montes de pessoas que se sorriem, riem à minha frente sem de nada se aperceberem e tudo isto me atrofia o meu sistema psicológico. Sabes voz, não gosto de sentir a minha garganta apertada impedindo o som das minhas palavras de surgir ou de sentir uma parede de tijolo que me foi construída na laringe ou na traqueia da minha boca. Não gosto de utilizar uma cobardia directa e ter fugir às questões quando não tenho qualquer capacidade para me exprimir, só porque sinto sangue na minha boca, não gosto de sentir as laminas afiadas do pensamento a invadirem-me a cabeça e fazer-me gritar quando nada sai e apenas explode salina ensaguentada! Sabes voz, não gosto das correntes que me pões na boca, ou da espécie de "trela" que me ergues na língua quando me fazes ajoelhar! Não gosto da tua "convivência desmedida entre casos mortos", vai para a merda e sai da minha cabeça! Deixa-me em paz!
Não há nada mais aterrorizante que os gritos do silêncio Gibran Dias
Dia, 06 de Novembro de 2009
Escrito por: Ricardo Jorge Santos Lourenço.