...Uma criança, desde os primeiros anos de vida, …ainda inofensiva,
compreende pela expectativa que certas coisas são boas, aprovadas,
outras apreciadas, outras reprovadas, pelo contrário são más, feias e ordinárias
cresce, superou e produz na vida adulta, sentimentos de culpa
a que muitos o perdão não resulta,
a inveja funciona assim, e é difícil de compreender,
alguém que, embora sendo à partida como nós, se tornou naquilo que teríamos querido
ser,
pode obter, aquilo que teríamos querido obter!
invejamos, ficamos com uma terrível ferida
o outro conseguiu algo que nunca conseguimos na nossa vida,
odiamos à partida … a pessoa que é adorada,
que subiu de carreira, fez boa figura e é admirada,
fala bem, emerge socialmente e é congratulada,
é invejada por aqueles que nunca conseguiram nada,
mas que desejam em primeiro, a pura riqueza sem qualquer notoriedade social,
que querem ser os melhores, mas nem têm uma eleição intelectual,
queremos ser recompensados por algo que sempre fizemos mal,
queremos ter o desejo de excelência,
falamos muito, mas a inveja é como uma espécie de consequência,
o nosso termo da impotência quando a ganância é uma má experiência.
...Em relação à inveja toda a sinceridade desaparece,
o outro conseguiu muito e a nossa raiva enaltece,
conseguiu com o seu próprio esforço mas não é isso que nós achamos que ele merece,
por mais que queiramos ser melhores a nossa verdade emagrece,
porque somos falsos como invejosos,
perdemos a honra por sermos gananciosos,
muitos perdem a dignidade por os ciúmes já estarem expostos,
queremos ser melhores, vencedores,
olhar os outros e vê-los como perdedores,
sentir o sabor da vitória e pensar que somos superiores,
queremos ter o poder de auto-estima,
ser invejado e saber que os outros o poder resigna,
ter o poder na mão e dizer que a nossa decisão é imperativa,
mas é doloroso quando olhamos o pódio,
o ódio! Depois chega o resultado,
o nosso esforço foi em vão, o outro venceu, é festejado!
sobe ao pódio onde recebe a medalha e é aclamado,
inveja! condições favoráveis para um ser derrotado,
o desespero é grande porque sente-se humilhado,
cai por terra, o ódio aumenta, nesse caso pensamos no plagiato,
é o trabalho da inveja, fazer imitações mas negar o facto,
acusar o outros de me ter agredido ou ter provocado,
alegando falsas declarações e dizer que se sente prejudicado,
tentando mudar a nossa péssima situação,
quando tentamos ser melhores que os outros e só damos lugar à humilhação,
achamos errado os outros estares em melhor direcção,
que nós,
e que não existe qualquer tipo de relação,
entre nós, para fazer uma pequena desvalorização,
das qualidades e das capacidades dos outros , por onde se possa tirar uma simples,
conclusão !!!
... A inveja é como um estimulo do negativismo,
que só por sermos inferiores desejamos aos outros o abismo,
queremos anular a diferença, tirar-lhes o mérito e fazer-lhes querer o seu paralogismo,
desvalorizamos a pessoa que odiamos,
mas afinal percebemos e verificamos,
a ordem moral nas diferenças que experimentamos,
e que conhecemos a pessoa no qual invejamos,
desprezamos a pessoa que é e foi sempre bem sucedida,
soube assumir os erros que fez e ganhou a sua própria autonomia,
no entanto os invejosos vêm ele como um negócio e realizam-no,
não aceitam ser passados à frente por isso hostilizam-no,
aumenta o falso progresso por isso limpam-no,
falsa competição! Enganos de aparências,
mentiras ditas â toa ficam verdade feitas pela experiências,
dos invejosos que fazem da má fé uma nova ciência…
“…olhai com olhos sem pensamentos reservados e dar-vos-ei conta de que admirais
alguém que não o merece. Que não é melhor do que vocês nem do que Eu…”
…mas a inveja é grande por isso muitos querem aquilo que é meu e teu
não se contentam com o que têm, querem que tudo que não seja seu
mandar os invejados abaixo satisfaz a nossa agressividade,
desvaloriza a pessoa que nos incomoda pondo em causa a nossa própria dignidade?
Feitos mal conseguidos dão alas a uma falsa verdade,
mas acabamos por cair na realidade,
quando a outra pessoa nos causa dor,
mas apreciamo-la e reconhecemo-lhe o seu valor,
tornamo-nos desanimados, … um observador,
criamos hipóteses e esperamos um dia ser vencedores,
ter raciocínios objectivos para nunca nos sentirmos inferiores,
sermos nós próprios, nunca invejosos,
neste mundo de gananciosos,
no Sem nexo da inveja…
Escrito por: Ricardo Jorge Santos Lourenço __/__/2004